As medidas de intervenção são ações que buscam a eliminação do risco para o uso seguro de uma área contaminada. Tais ações dependem do tipo de contaminação, sua localização e uso pretendido para o imóvel, além é claro da viabilidade técnico-financeira para a sua realização.
As principais ações para a eliminação dos riscos e adequação das áreas se dividem nos seguintes grupos:
- Eliminação de Fontes Ativas: Quando se detecta a existência de fontes ativas de contaminação de água e solo dentro de um site, o seu estancamento e eliminação são ações de intervenção que devem ser imediatas. Denominam-se fontes primárias vazamentos em processos e tanques e, fontes secundárias aquelas associadas ao produto em fase livre presente em subsuperfície decorrente de um vazamento já ocorrido, podendo esta fase ser menos densa (hidrocarbonetos de petróleo) ou mais densa que água (solventes halogenados), o que determinará seu posicionamento dentro do perfil hidrogeológico de um aqüífero e a sua maior ou menor dificuldade de recuperação.
- Medidas de Engenharia: São ações que buscam a eliminação dos riscos através de obras civis que impeçam a dispersão e o contato dos receptores com a contaminação. Em geral são aplicáveis a compostos pouco móveis. Exemplos são obras de impermeabilização de solos superficiais contaminados, encapsulamento de resíduos ou solos contaminados, isolamento de áreas contaminadas com restrição de acesso.
- Medidas Institucionais: São ações definidas pelos órgãos públicos responsáveis, restringindo o uso de recursos hídricos ou áreas impactadas por uma contaminação para a população local, até que medidas de reabilitação sejam completadas.
- Medidas de Remediação: Compreende a aplicação de uma ou mais técnica de remoção dos contaminantes nos meios impactados, em fases dissolvida, adsorvida ou vapor, de modo a se atingir concentrações em níveis seguros para o uso de uma área, conforme definido pela Avaliação de Risco.
A aplicação de uma técnica depende das características do meio contaminado (profundidade, permeabilidade, entre outros) e das características dos contaminantes (volatilidade, densidade, solubilidade, degradabilidade entre outros).
Quando tais técnicas são aplicadas diretamente no local, denomina-se de remediação in situ. A remediação será denominada ex situ quando o tratamento do solo ou da água contaminada se der em superfície ou ainda externamente ao site, o exemplo disso é a remoção do solo contaminado para ser tratado em aterros industriais ou ser incinerado.
Uma vez estudado e compreendido o local declarado como contaminado, são analisadas as técnicas de remediação viáveis para a área, levando em consideração fatores como custo-benefício, limitações, aplicabilidade, relações eficiência/eficácia, vantagens e desvantagens.
Dentre os métodos utilizados, citam-se os seguintes:
- Remoção e Redisposição de Solos;
- Extração Multifase (Multi Phase Extraction - MPE);
- Bombeamento e Tratamento (Pump & Treat);
- Extração de Vapores do Solo (Soil Vapor Extraction - SVE);
- Air Sparging;
- Biorremediação;
- Oxidação Química;
- Fitorremediação;
- Remediação Térmica;
- Atenuação Natural Monitorada;
- Barreira Reativa Permeável.